Cinquenta anos depois do lançamento desse livro ¬¬' kkk'
#Eu Li - Anna e o Beijo Francês
Acho que, pra fazer uma resenha desse livro, eu poderia dividi-lo em três momentos. Assim seria mais fácil entender porque ele me cativou, me pegou de verdade *-*
No Primeiro Momento somos apresentados e automaticamente gostamos da Anna. Quer dizer, pelo menos comigo foi assim. :) Foi como se eu a conhecesse, gostasse dela logo de cara, e com o passar do tempo e da leitura eu fosso me tornando/me sentindo cada vez mais próxima dela. Ela é divertida, fofa e então é forte o suficiente para entender que está na hora de se virar sozinha. E que lugar melhor para crescer do que em Paris? Uma língua completamente estranha, uma escola nova, sem seus pais, sem seus amigos... quer dizer, é claro que ela fica assustada de início, mas logo chega o momento em que ela aprende que pode ver tudo isso como uma oportunidade. E ela aprende, e ela te leva como leitor a aprender também. Aprende a fazer as coisas além do medo. Ela te ensina e você cria uma conexão com ela, e adoraria ter uma amiga assim para a qual ligar.
Percebi o quanto me tornei 'próxima' de Anna quando me peguei chorando por algumas coisas que aconteceram com ela. Sério, chorando! rs' É que quando você conhece alguém por dentro, como eu tive oportunidade de conhecer Anna, não tem como você não sentir tudo também.
Além de conhece-la, também conheci Paris...esperançosamente conhecerei pessoalmente algum da, mas por enquanto vou relendo esse livro *-* rs' E, estranha e maravilhosamente, Paris também vai se tornando a sua casa, como leitor. E, no fim, você sente saudade, sente a perda ao virar a última página e ter que se despedir da cidade luz.
" Eu estou correndo, correndo e correndo e eu quero estar tão longe
deles, tão longe desta noite quanto possível. Eu queria estar na cama.
Eu queria estar em casa.
Eu queria estar em Paris."
Então, chegamos ao Segundo Momento onde somos apresentados e nos apaixonamos perdidamente por Étienne St. Clair - sim, nomezinho complicado O.o' - esse mocinho doce de sotaque inglês que é completamente o homem dos sonhos de qualquer garota... tirando a parte de estar comprometido! Ele tem uma namorada de longa data quando seu caminho se cruza com Anna, mas é natural a aproximação de ambos. E é ai que ele se mostra; o melhor amigo de todo o mundo! Gentil e tão completamente interessada na felicidade de Anna. E divertido, fofo e, sei lá... tão próximo. Tão 'eu estou aqui'. Sabe o quanto isso é raro? Alguém que pergunte se está tudo bem realmente querendo a resposta? Étienne é um cara que esperançosamente a gente sente que existe sim, ai, escondido pelo mundo. E ora baixinho pra encontrar... E é claro que Anna senti isso também e não consegue controlar seus sentimentos. Ao mesmo tempo que sabe que não pode se aproximar dele, não enquanto ele tem uma namorada.
- Só me diga uma coisa, St. Clair. Eu só quero saber uma coisa. -
[...] Eu pauso para estabilizar a minha voz. - Por que você ainda está
com ela?
[..]Eu já estou caminhando a passos largos quando ele me responde:
- Porque eu não quero ficar sozinho agora. - Sua voz ecoa na noite.
Eu me viro para encará-lo uma última vez.
- Você não estava sozinho, idiota."
E isso nos leva ao Terceiro Momento; quando nos apaixonamos por Étienne e Anna como um casal.
Sabe aquelas pessoas que poderiam ser melhores amigos e ao mesmo tempo poderiam ser o amor da vida um do outro? Eles são assim. *---*
Um dos casais mais fofos, sempre ali um pelo outro mesmo que os sentimentos que não devem sentir continuem machucando. Eles se compreendem e sua aproximação é tão natural como eu disse logo acima que você fica torcendo e vibrando por cada toque, por cada conversa, por cada risada, por cada olhar roubado... quer dizer, é Paris, a cidade mais romântica do planeta!
Essa história não poderia ter acontecido em nenhum outro lugar do planeta :)
E é certo e tão bom ler sobre os dois. Eles se tornam seus amigos, e você sofre com as coisas pelas quais eles passam (já disse que chorei, né? u.ú rsrs')
"É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar?"
Um livro que não tem nada sobrenatural que eu tanto amo, nem bad boy, nem pessoas saltando de prédios e salvando o mundo... e de alguma maneira eu não senti falta de nenhuma dessas coisas. Eu estava tão confortável em Paris lendo sobre essa amizade tão verdadeira que só podia virar amor.
Suspirando ainda... *--* kkk'
Por isso indico que leia. Mas, por favor, despretensiosamente! Não espere um best-seller ou perder o fôlego. Aliás, não espere nada.
Seja pego de surpresa como eu fui.
Te convido a passar 288 páginas na Cidade Luz. ;)