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[Primeiras Impressões] As Coisas Não São Bem Assim - Renata Corrêa


Oi gente, tudo bem? (:


Hoje trouxe um tipo de postagem que faz tempo que vocês não veem por aqui: o de Primeiras Impressões. Ele não é tão comum porque sou uma leitora compulsiva que normalmente não consegue parar de ler pra resenhar! haha' Mas, hoje trouxe um livro de uma autora parceira - com essa capa linda! - pra vocês saberem o que estou achando dele até agora! ;)


As Coisas Não São Bem AssimClarice, uma jovem estudante de medicina, perde seu namorado, que acreditava ser o grande amor da sua vida, às vésperas de formatura, após sofrerem um grave acidente de carro. Morre com Guilherme um pouco da alegria de viver de Clarice, da sua esperança e do seu futuro. 
Depois de mais de um ano do falecimento de seu amado, o destino coloca na vida de Clarice, Henrique, um jovem advogado viúvo e pai de Duda, uma menininha loira, muito esperta e amorosa. Envolvidos por um sentimento sincero, terão que enfrentar grandes dificuldades e um sofrimento inesperado. É uma bonita e delicada história sobre recomeço, fé, esperança e sobre o poder do amor.
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Meu primeiro contato com a Rê foi através de seu primeiro livro: Contra Todas as Probabilidades e, se vocês leram a resenha, devem se lembrar de como fiquei interessada em acompanhar mais e mais o crescimento da autora e seus futuros projetos. Além de que, com o tempo, acabei criando um carinho muito especial por essa autora que demonstra sempre o quanto é simplesmente apaixonada pelo que faz! Seu novo livro (lançado pela linda da Editora Pandorga! *-*) se chama As Coisas Não São Bem Assim e fala sobre perda e dor, mas também de recomeços e esperança! Continue a ler pra saber quais foram as minhas primeiras impressões em relação a esse livro da minha autora parceira!

A história é narrada em primeira pessoa por Clarice uma mulher que perdeu aquele com quem ela imaginava passar o resto de sua vida. Após essa perda, ela não se envolveu com mais ninguém, fechando-se em sua própria dor e certa culpa e foca suas energias em seu trabalho como médica acreditando que não há espaço para o amor em seu coração... mas e se esse espaço for requisitado por uma linda e doce menininha? Duda é uma personagem encantadora que mesmo tão novinha, também conhece a dor da perda: sua mãe já não está com ela que vive apenas com seu pai. Clarice simplesmente se encanta pela garotinha que mesmo com uma perda como essa, ainda retem em si toda a doçura e inocência de menina... mas é quando ela coloca os olhos no pai de Duda que ela realmente percebe que talvez seu coração já esteja pronto para o amor.


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Acho que, se eu fosse definir a escrita da Rê em uma palavra, provavelmente usaria "objetiva". Desde o primeiro livro eu notei isso; em seus livros raramente há enrolação ou parágrafos sem propósito sabe? As coisas acontecem rapidamente. Confesso que em alguns momentos eu sinto falta de mais desenvolvimento em algumas situações e sentimentos (para me conectar melhor com os personagens e até compreendê-los melhor), mas ainda assim já notei um grande avanço na escrita da Rê que "amadureceu" muito desde o primeiro livro e me deixa com ainda mais vontade de ler o que mais ela pode fazer!

Estou gostando da construção dos personagens e eles realmente tem me cativado e estou ansiosa para saber como essa história continua! Particularmente gosto dessas histórias que envolvem perda e recomeço (talvez por serem um incentivo pra mim como ser humano sabe?) e amei a premissa da história!



Bom, como essa é uma postagem de Primeiras Impressões é mais curtinha, mas espero que assim como eu, você tenha ficado curiosa pra saber o que vem por ai!


Beijos,
Fiquem com Deus!

[Merece Um Post] Sobre Sorrisos e Corações Partidos

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Antes de ler Sorrisos Quebrados da autora Sofia Silva ano passado, tenho algo para confessar; nunca havia realmente prestado atenção nem sabia muito a respeito de violência doméstica. Tudo o que sabia vinha de noticiários e pessoas que comentavam casos assim como de mulheres que "gostavam de apanhar" mesmo nunca entendendo como alguém poderia supor que algum ser humano é emocionalmente cativado por qualquer que seja o tipo de violência. No entanto essas noticias invariavelmente "entravam por um ouvido e saiam pelo outro", como mais uma das várias atrocidades com as quais (e é horrível e assustador dizer isso) nós acabamos nos acostumando. Quão triste isso soa?

Depois de uma avalanche de comentários positivos, de leitoras emocionadas invadindo grupos de leituras cheios de amor pela história de Sofia, fui procurar saber mais e confesso que o tema me assustou e realmente me retraiu. Existem alguns temas sobre os quais simplesmente não consigo ler porque me envolvo demais e fico muito mal, e entre eles há a violência em si e, no mais alto grau, a violência contra crianças e o abuso sexual... é uma barreira para mim. A dor do personagem se infiltra na minha pele de uma forma tão intensamente dolorosa quanto leio que levo meses pra me recuperar e ainda assim, ela jamais sai de verdade da minha mente. Então, confesso que se não fosse o contorno romântico que a história parecia ter, eu provavelmente teria fugido de Sorrisos Quebrados.

Que bom que não o fiz.

Ler Sorrisos Quebrados realmente abriu meus olhos e meu coração para a dor de milhares de outros. Através dessa leitura entendi que nada é tão simples quanto as pessoas tentam pintar, que não existe sequer um ser humano em todo o planeta que esteja em uma relação doente como essa porque "gosta de apanhar". Ninguém gosta de ser humilhado, ninguém nasceu pra isso... e reduzir uma vítima de uma relação doentia como essa que envolve pressão psicológica, ameaça, agressão física a alguém que está nisso porque quer é no mínimo estupidez. Dizem que só conhece mesmo uma dor quem o sente. Como poderiamos ser capazes de sequer mensurar todo o medo, a vergonha e o terror passado por uma pessoa sem habitarmos sua pele?

A partir desse momento em que a última página do livro de Sofia Silva foi virada algo mudou drasticamente dentro de mim; eu, que procurava um romance bonitinho sobre superação naquelas páginas encontrei muito mais do que procurava... encontrei uma eterna revolta queimando dentro de mim por todos aqueles que erguem suas mãos contra uma pessoa alegando amá-la. Como se milhares de vozes de todas as partes do mundo quisessem espaço em minha garganta para soltar um terrível e doloroso grito ensurdecedor.

Hoje estou emprestando minhas mãos a todas elas.

Li vários relatos, várias histórias... tão absolutamente terríveis. E através deles pude entender que muito mais do que as marcas e cortes em seus corpos, o trabalho que o agressor opera na mente da vítima é muito, muito mais extenso. As mesmas frases se repetiram em vários dos relatos que li "Eu achava que era minha culpa". "Ele dizia que eu tinha o obrigado a fazer o que fez". "Ele me pediu perdão, chorou e eu o perdoei". "Eu achei que poderia mudá-lo... salvá-lo."
Confesso que de início eu não entendia. Eu só conseguia pensar "Por que elas não foram embora no primeiro apertão ou tapa? Por que não contaram para as suas famílias? Por que deixaram acontecer?" Até que percebi que nada é assim tão simples. Que aquele que as batia, também era aquele que um dia as enchia de beijos, de presentes e de "amor"... e que elas achavam que, se fizessem tudo direito, talvez pudessem resgatar essa pessoa que eles eram quando elas "não faziam nada de errado". O mesmo que batia era aquele que chorava copiosamente e implorava perdão, que dizia que nunca mais aconteceria... eram os homens que elas amavam. Quando elas olhavam pra eles não viam o monstro ali, a espreita como qualquer pessoa de fora da relação claramente via.

Hoje assisti um filme sobre a temática, chamado "Então matei-o" - um filme Português sobre uma mulher grávida chamada Catarina que está presa por ter assassinado seu esposo abusador e que, ao ser entrevistada por uma mulher chamada Suzana (que sem se dar conta também está entrando em um relacionamento tão doentio quanto o que ela vivia) passa a contar desde o começo o que a levou a esse ato de desespero. No filme ela conta como ele era carinhoso, romântico e charmoso no início de seu relacionamento e como gradualmente ele foi revelando o monstro que o habitava. Enquanto relata os acontecimentos Catarina sem saber, está fazendo com que Suzana reveja seu próprio relacionamento com um rapaz que assustadoramente se parece com o homem que Catarina matou e, com sorte, talvez ela não permita que a história se repita. E ao finalizá-lo percebi o quanto é importante que a voz de alguém que passou por esse tipo de situação seja de fato ouvida.
Não só para que seu agressor seja enfim parado, mas para que todas as outras pessoas que passam pela mesma situação a ouçam e talvez, esperançosamente, encontrem um caminho de volta. Essas vozes precisam ser ouvidas! Embora o medo e a vergonha muitas vezes as amordace são histórias como de Paola de Sorrisos Quebrados e de tantas outras quebradas que darão esperança aquelas que ainda estão aprisionadas.

E, se essas vozes forem altas o suficiente, quem sabe? Talvez enfim sejamos capazes de fazer todos os monstros entenderem que nós não os deixaremos mais partir os nossos sorrisos, nem nossos corações.

Quando comecei essa postagem eu não sabia muito bem aonde ela iria dar. Simplesmente fui tomada por esse sentimento de urgência ao terminar esse filme porque me desespera pensar que alguém de fato está vivendo dessa forma. Que uma alma está sendo quebrada dessa forma.

Escreva sobre isso. Sussurre... Grite! 

Grite tão mas, tão alto que o mundo não terá outra opção a não ser te ouvir.

[Resenha] Clichê - Carol Dias


Oi gente, como estão todos?

Hoje trouxe a resenha de mais um romance nacional (estou tão orgulhosa da quantidade de nacionais que tenho lido e amado!! ) e só posso adiantar que esse com certeza é mais um para vocês adicionarem a sua lista de quero ler! Um romance doce, com personagens reais e cativantes que realmente fazem você suspirar... definitivamente, merece ser lido! 


ClichêMarina Duarte está no vermelho. Dona de dupla graduação nas melhores faculdades públicas do Rio de Janeiro, seu sonho de construir a vida nos States não está funcionando.Decidiu se mudar para ficar perto da tia, sua única família, mas a crise não está ajudando em nada sua carreira.Sem saber como pagar as contas do próximo mês, Marina aceita uma vaga de babá na mansão da família Manning. Ela só não podia imaginar que sua vida mudaria completamente, apenas por conhecer duas crianças e um chefe viúvo e gato, maravilhoso, cheiroso e gostoso , que precisa urgentemente de sua ajuda


Sabe aquele momento que você está só precisando de um romance leve, despretensioso? Foi com esse sentimento que iniciei a leitura de Clichê da Carol Dias, sem realmente saber o que esperar. Mas, não precisei ir muita além dos primeiros dois capítulos pra saber que tinha achado muito mais do que estava procurando; encontrei um romance lindo, fofo, com personagens reais com dores reais e que precisam de ajuda para superar, um mocinho que realmente merece o título, daquele que realmente nos faz suspirar... espero já ter te convencido a ler esse livro nesse parágrafo! SÉRIO, LEIA! - risos

Marina - também conhecida como Nina - é uma brasileira que, pra ficar mais perto da tia que é sua única família, decide morar nos EUA. Mas as coisas não saem exatamente como ela planejou e ela acaba não conseguindo se firmar em um trabalho que tenha haver com sua formação. O tempo passa e quando as contas chegam a um nível alarmante ela se vê tendo que trabalhar de babá de duas crianças lindas: Ally e Dorian que sofrem com a recente perda da mãe e se transformaram em crianças retraídas com certa dificuldade pra se relacionar. É nesse momento que Nina também conhece o pai deles Killian, um homem ferido pela perda da esposa mas amoroso e gentil que tenta de todas as formas cercar seus filhos de amor e ajudá-los a seguir em frente. Ele encontra em Nina alguém que poderá ajudá-lo a "curar" seus filhos... e talvez até, curar seu próprio coração.

Confesso que agora enquanto escrevo, estou tendo certa dificuldade em colocar em palavras todo o carinho que desenvolvi por essa história... e isso é maravilhoso, porque só tenho dificuldade assim em escrever uma resenha quando uma leitura realmente me toca, como a de Clichê. Com uma escrita muito gostosa, que de fato nos aproxima dos personagens e nos vicia na leitura a Carol me surpreendeu demais! O que eu esperava que fosse apenas um livro leve, se tornou uma leitura que eu simplesmente fui incapaz de interromper. Cada personagem é especial e único; Dorian e Ally tem meu coração! São crianças lindas, mas claramente feridas e um tanto perdidas que precisam demais aprender como viver sem a mãe e é inevitável se apegar a elas e querer cuidar. Nina é uma mocinha absolutamente cativante, engraçada e que realmente desperta a torcida do leitor por ela, sabe? O modo como ela realmente se importa com as crianças e quer fazer muito mais do que simplesmente entretê-las e receber seu salário, mas sim ajudá-las de fato... me fez de fato admirá-la.

Já Killian... *insira suspiros aqui!*  honestamente, tenho estado tão saturada dos bad boys (que parecem ser os únicos mocinhos disponíveis nos lançamentos atuais) que ver Killian, um verdadeiro cavalheiro, gentil, doce, que se importa com seus filhos... realmente derreteu meu coração. É muito gostoso se "apaixonar" por um mocinho que finalmente não fere todo o meu conceito de "relacionamento saudável" pra variar, confesso! O romance entre ele e Nina é a passos lentos, já que ele tem uma perda realmente dura com a qual lidar, no entanto enquanto li senti que aquilo tudo era muito certo. Que a autora não apressou as coisas simplesmente para adiantar o romance, mas que ele de fato foi bem construído.

Enfim, com uma escrita maravilhosa, personagens incríveis e uma história tão boa quanto essa, realmente não sei mais o que dizer para convencê-lo a ler! haha'
Se você quer um livro que realmente encha seu coração, Clichê é a sua leitura!


Fiquem com Deus,

Beijos! ;*