[Das Antigas] Os Miseráveis - Victor Hugo

Oi pessoas, como estão? (:

Bom, hoje vim falar de um livro que é extremamente especial pra mim. Lembro de tê-lo pego na biblioteca do meu colégio, quando ainda estudava lá, ter ficado curiosa com a sinopse e, sem saber, ter levado para casa um livro que seria eternamente um dos meus favoritos. E, claro, o livro perfeito pra estrear essa nova coluna: "Das Antigas"! Aqui eu farei resenhas sobre livros, filmes e séries que podem serem classificados como "das antigas", mas que ainda tem impacto nas gerações, sendo clássicos, ou não ;)

E, pra começar, um livro que foi lançado em 3 de Abril de 1862, mas que pode facilmente ser considerado atual!

Vem conferir o porquê ;)

Sinopse

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"Jean Valjean é condenado a trabalhos forçados por ter roubado um pão em um dia em que os filhos de sua irmã tinham fome. Libertado 19 anos depois, adota outra identidade e transforma-se em um próspero empresário=, mas perseguido pelo inspetor Javert, é preso, mas consegue escapar. Resgata a pequena Cosette das mãos do terrível casal Thénardier, e vai morar com ela em um convento em Paris. Anos mais tarde, explodem conflitos políticos nas ruas da cidade: A Revolução Francesa. Um texto de forte cunho social e elementos de drama policial. Mostra como uma pessoa pode transformar a vida de outras. Uma história fictícia de onde se tira lições de bondade, renúncia e perseverança. "

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Classificação:

  

Acho que não sei falar dessa história, sem falar realmente o que senti ao lê-la. Sempre vou me lembrar desse livro, porque ele foi um verdadeiro divisor de águas pra mim; acostumada a livros com personagens bonzinhos sendo facilmente identificados, fui finalmente apresentada a um mundo que não é preto e branco. Existem tons de cinza nos quais habitam aquelas pessoas que fizeram más escolhas, mas não são ruins, e também aquelas pessoas más que, por vezes, fazem a coisa certa.
Jean Valjean, esse personagem incrível e complexo, é uma dessas pessoas.

"Meus amigos, nunca digam que há plantas más ou homens maus.

O que há, são maus cultivadores."

Após passar 16 anos preso, só por ter roubado um pão para sua família que morria de fome, ele sai da prisão sem acreditar em nada nem ninguém. Mas, um encontro com um bispo, alguém que lhe estende a mão, muda novamente o curso de sua vida: mesmo sendo mal visto pela sociedade, mesmo que todos o vejam eternamente com um criminoso, ele insiste em fazer algo bom, em ser bom. Mesmo que ninguém acredite que haja algo bom nele.

Com uma escrita que prende do início ao fim, somos levados a não só acreditar na bondade de Jean Valjean, como na força de espírito da humanidade. Somos convidados a acreditar no poder que uma vida tem de tocar e melhorar outras vidas. Aprendemos que ser bom é uma escolha assim como tudo na vida.
O impacto que esse livro teve em mim não pode ser realmente explicado; lembro que foi o primeiro livro que tive vontade de levar definitivamente pra casa, porque não podia acreditar que aquela história poderia ser de outra pessoa. Eu, que ainda torço um pouco o nariz para os clássicos, acabei sendo fisgada e ensinada por um deles. acabei sendo envolvida de tal maneira que até hoje tenho em mim suas palavra e lições.

É por isso que insisto em dizer que mesmo tendo escrito a tanto tempo, pode ser encaixada muito facilmente nos dias atuais. Sua história ainda pode ensinar, mais do que simplesmente entreter. Pode nos mostrar uma janela, que nos faça ver melhor o mundo a nossa volta sem nos deixar desistir dele.

"Verdade ou não, o que se diz dos homens ocupa, por vezes, tanto lugar na sua vida e sobretudo no seu destino, como o que eles próprios fazem."

É isso gente, o que acharam do "Das Antigas" de hoje? Alguma sugestão do que mais quererm ver nessa coluna?

Deixem nos comentários ;)

Beijos! ;*